Vice da CBF pede suspensão de acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência
Pedido acontece após laudo concluir que documento continha assinatura falsificada
Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, pediu a suspensão imediata do acordo homologado pelo STF no início de fevereiro, que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação. Sarney havia assinado o documento na ocasião, mas a possível falsificação na assinatura de outro signatário, Coronel Nunes, invalidaria o acordo juridicamente. O pedido de suspensão aconteceu nesta quarta-feira (7).
Segundo informações do ge, Sarney pede o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A petição apresentada pelo vice-presidente da CBF é mais um capítulo em uma batalha judicial que se arrasta há três anos, quando Rodrigues foi eleito à presidência da entidade. Na época, uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro questionava a legitimidade da eleição do órgão.
A situação parecia ter tido um desfecho em fevereiro, quando um acordo entre dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF) legitimou a eleição de Ednaldo. Assinaram o protocolo de acordo Antônio Carlos Nunes de Lima (Coronel Nunes), Castellar Neto, Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Rogério Caboclo, a Federação Mineira de Futebol e a própria CBF.
Um laudo assinado pela perita em documentoscopia Jacqueline Tirotti concluiu que as assinaturas de Antônio Nunes, vice-presidente da CBF, divergiam das realizadas pelo próprio em perícia. O laudo foi concluído no domingo (4) e havia sido requisitado pelo vereador Marcos Ferreira (Podemos-RJ).
Embasada pela perícia, a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), pediu, na noite de segunda-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e a revisão do acordo homologado pelo tribunal em fevereiro deste ano que encerrava a ação questionando o processo eleitoral da entidade.
Essa denúncia que motiva a ação de Fernando Sarney de pedir a suspensão do acordo. O vice-presidente rompeu politicamente com Ednaldo Rodrigues e não fez parte da chapa que venceu a eleição recente da CBF. Caso o pedido de anulação seja acolhido pelo STF, o Supremo volta a julgar o caso.
Fonte: NSC
