Acessibilidade no cuidado: histórias que mostram como o respeito transforma vidas

Nesta quinta-feira, 15 de maio, é celebrado o Dia Global da Conscientização sobre Acessibilidade (GAAD). A data internacional convida governos, instituições e a sociedade civil a repensarem a forma como tratam a inclusão de pessoas com deficiência — seja nos espaços físicos, nas plataformas digitais ou nas relações humanas mais cotidianas.
Em um país onde cerca de 9% da população tem algum tipo de deficiência, pensar acessibilidade vai muito além de instalar rampas ou oferecer versões audiodescritas de conteúdos. A inclusão começa no olhar e na escuta. E no cuidado.
Na área da saúde, especialmente no atendimento domiciliar, a acessibilidade precisa ser construída também nas relações. É o que mostram histórias como a do aposentado Claudionor Rosa, de 71 anos, que perdeu a visão e passou a se isolar em casa por medo de sair sozinho. “Ir ao médico, ao mercado, tudo parecia perigoso. Quando passei a contar com um cuidador, ganhei mobilidade de novo. Me senti seguro e respeitado”, relata.
O mesmo sentimento aparece no depoimento de Giovani José dos Santos, 51, amputado por complicações da diabetes. Para ele, ser acolhido com atenção e respeito fez toda a diferença em sua recuperação. “Quando a gente é tratado como ser humano, e não como limitação, a vida muda. O cuidado humanizado me fez enxergar valor em mim de novo.”
Iniciativas que transformam o cotidiano
Esses relatos se somam a um movimento crescente no Brasil de valorização do cuidado com foco em dignidade, autonomia e inclusão. Plataformas como a Nonno, que conecta famílias a cuidadores profissionais, têm investido em programas de formação e reconhecimento de cuidadores que atuam com esse olhar mais atento.
Por meio de iniciativas como o Programa de Embaixadores, a Nonno reconhece profissionais que promovem o cuidado com empatia e protagonismo, contribuindo para ampliar a conscientização sobre a importância do atendimento humanizado a pessoas com deficiência.
A acessibilidade que começa nas pequenas atitudes
O GAAD lembra que acessibilidade é um direito, não um favor. E que ela também se expressa nas pequenas atitudes: no tom de voz que acolhe, na paciência de quem escuta, na disposição de compreender o tempo do outro.
Promover inclusão significa criar condições reais para que cada pessoa possa viver com autonomia e ser respeitada em sua singularidade. Um compromisso que precisa ser diário — e que começa com o jeito como cuidamos uns dos outros.
Conteúdo: NSC