Aliança inédita entre tráfico e jogo do bicho preocupa polícia e leva a 5 prisões em SC e RS

Facção criminosa catarinense teria firmado acordo com bicheiros para explorar máquinas caça-níqueis em comunidades dominadas
A Polícia Civil prendeu cinco pessoas e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (8), em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A operação visa desarticular a aliança “preocupante e inédita” entre o tráfico e jogo do bicho.
Segundo a Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), a facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense) se aliou a contraventores do jogo do bicho e “expandiu seus tentáculos” para a exploração de máquinas caça-níqueis.
O PGC é conhecido pelo tráfico de drogas na região da Grande Florianópolis. As buscas foram realizadas em Florianópolis, Palhoça, Governador Celso Ramos e em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.
A operação batizada de “ORCRIM Zoológico” mobilizou 80 policiais civis e contou com apoio da Draco do Rio Grande do Sul.
A aliança teria por objetivo expandir a área de atuação do PGC, de modo a diversificar as fontes de lucro para além do tráfico de drogas. Segundo a Polícia Civil, um dos líderes da facção fechou um acordo com os bicheiros em comunidades onde o tráfico já é dominado pelo grupo.
O combinado entre tráfico e jogo do bicho era explorar em conjunto as máquinas caça-níqueis no Sul da Ilha e em Governador Celso Ramos. O PGC receberia 25% de todo o rendimento dos jogos de azar. A investigação também aponta que a facção planejava expandir o negócio para Sombrio e Itajaí.
Ao todo, cinco integrantes da facção criminosa foram presos na manhã desta quinta-feira e um deles foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Diversos objetos foram apreendidos para a continuidade da investigação.
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