Crime brutal: homem que matou cunhado com 8 tiros vai a júri popular

Além de pedir justiça, a família teme pela segurança, caso o acusado não seja condenado
Após mais de três anos, um crime que chocou os moradores de Campo do Tenente será submetido ao julgamento popular nesta semana.
Às 8 horas de quinta-feira, 15, inicia no Fórum de Justiça de Rio Negro, o júri de um homem acusado de matar próprio cunhado, Wilson José Parize, com oito tiros à queima-roupa. O crime ocorreu em 26 de abril de 2022, em um terreno rural da localidade de Buriti.
Toda ação aconteceu diante do filho da vítima, então com 15 anos. A motivação, segundo a investigação, estaria ligada a uma antiga disputa por divisa de terras entre familiares.
A crueldade do crime foi destacada pelo Ministério Público. “A vítima foi alvejada com diversos disparos de rifle calibre 22, atingindo o crânio e o tórax. Mesmo após ela cair no chão, o acusado teria se aproximado e efetuado um último disparo à queima-roupa na testa”, diz a denúncia.
O caso deixou marcas profundos na família que até hoje espera por justiça. Emocionado, um dos filhos da vítima relatou o fatídico dia: “Foram oito tiros a queimar roupa na frente do próprio sobrinho e afilhado. Meu irmão saiu correndo em estado de choque, pegou o trator e foi rapidamente pedir ajuda. Mas já não tinha mais o que fazer. Nosso pai morreu na hora, pois foram vários disparos na cabeça. O assassino fugiu do local. Não conseguimos entender o porquê e qual motivo de tamanha crueldade”.
Ainda, segundo ele, houve no passado um conflito de divisas entre as famílias. Mas a situação já havia sido resolvida há anos. “Nada, absolutamente nada, justifica essa violência e essa atitude”, desabafa.
A família também expressa temor quanto ao futuro. “Esperamos por justiça. Que ele seja condenado e pague por tudo o que fez, para que a memória da vítima seja respeitada e tenhamos um pouco de paz. Temos medo que ele seja solto, porque sabemos que ele é capaz de qualquer coisa, pois ele reside em frente à nossa casa”.
De acordo com o Ministério Público, o réu foi denunciado por homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima – além de porte ilegal de arma de fogo.
Na ocasião, o acusado portava um rifle calibre 22, dois carregadores e 29 munições intactas. Após o crime, ele fugiu do local e escondeu a arma e um Gol, que foi localizado pela Polícia Civil na localidade de Fazendinha, em Rio Negro.
A vítima estava desarmada em meio a uma plantação de soja, sem chance de reagir.
A investigação contou com lados periciais e depoimentos de testemunhas que embasaram o indiciamento. Embora o réu tenha fugido para evitar o flagrante, a justiça decretou prisão preventiva.
Caso condenado, o réu pode pegar até 34 anos de prisão.
Conteúdo: JMAIS