SC é o terceiro estado com a melhor qualidade de vida do Brasil, aponta estudo

SC é o terceiro estado com a melhor qualidade de vida do Brasil, aponta estudo

Santa Catarina ficou em terceiro lugar no ranking do Índice de Progresso Social (IPS), que mede a qualidade de vida nos estados brasileiros. No levantamento, divulgado nesta quinta-feira (29), o Estado obteve uma pontuação de 64 em uma escala de 0 a 100, ficando atrás apenas do Distrito Federal (69,04) e de São Paulo (66,45)

O índice analisa o desempenho social e ambiental de territórios, considerando 57 indicadores de órgãos oficiais e de institutos de pesquisa. Ele é feito em três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades, que englobam 12 componentes como alimentação, moradia, saneamento, segurança pessoal, acesso à educação e qualidade do meio ambiente.

O estudo destaca, ainda, que os melhores resultados nas dimensões Necessidades Humanas Básicas e Fundamentos do Bem-estar estão concentrados nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, o que inclui Santa Catarina. Além disso, os componentes com maiores pontuações médias — como moradia e saneamento — também apresentam seus melhores desempenhos nas regiões Sul e Sudeste.

O município de Luzerna, no Meio-Oeste catarinense, aparece entre os 10 melhores do país no ranking de cidades, com uma nota de 70. Outro destaque é Joinville, que figura entre os 10 municípios com mais de 500 mil habitantes com melhor desempenho no IPS, com nota de 67,7. Já Florianópolis aparece em oitavo lugar entre as capitais, com pontuação de 67,91.

Veja os desempenhos dos estados

Apesar do bom desempenho de alguns estados, o índice nacional apresentou uma leve queda em relação ao ano anterior: 61,96 em 2025, contra 62,51 em 2024. Entre os componentes do índice, Moradia obteve a maior média nacional (87,74), enquanto Direitos Individuais (32,41), Educação Superior (47,39) e Inclusão Social (47,21) ficaram entre os mais baixos.

Os piores indicadores estão concentrados nas regiões Norte e Nordeste, com destaque negativo para o componente Qualidade do Meio Ambiente na Amazônia Legal, impactado pelo desmatamento e emissões de gases de efeito estufa. O relatório também aponta que regiões mais desenvolvidas economicamente, como Sul e Sudeste, apresentam fragilidades em Saúde e Bem-Estar, com altas taxas de obesidade, suicídios e consumo de alimentos ultraprocessados.

— Apesar de alguns avanços, os dados mostram que o Brasil ainda falha em garantir oportunidades iguais para todos, especialmente para os mais vulneráveis — afirma o coordenador do IPS Brasil.

O estudo também evidencia as desigualdades regionais do Brasil. Enquanto Santa Catarina, São Paulo e o Distrito Federal lideram o ranking, os piores desempenhos estão concentrados na Amazônia Legal, com Acre (56,29), Maranhão (55,96) e Pará (53,71) nas últimas posições

— O IPS permite visualizar desigualdades que não são explicadas apenas por indicadores econômicos. Municípios com PIB semelhante apresentam, muitas vezes, desempenhos muito distintos no índice, o que reforça a importância de políticas públicas voltadas ao bem-estar social de forma integrada — afirma coordenadora do IPS Brasil.

Conteúdo: NSC

João Vianna

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